Carta Pastoral do Arcebispo para a Quaresma de 2015
Caras Irmãs,
Caros Irmãos,
Permitam-me de vos dirigir esta Carta Pastoral no início da Quaresma. Estamos a caminho da Páscoa, a festa da ressurreição de Jesus Cristo.
Durante a Missa, e especialmente na Páscoa, Cristo renova a sua Igreja, a nossa Igreja, pelo seu corpo e sangue e pelo Espírito Santo. Portanto, a Páscoa é sempre, um novo começo.
E fazemos este caminho num novo contexto. As pessoas que doravante vão ser contratadas pela Igreja, não serão mais, remuneradas pelo Estado. Nesta hora, nós devemos fazer tudo, de modo a que as pessoas se comprometam na ajuda económica à Igreja, no futuro.
Os cursos de religião serão igualmente suprimidos. Precisamos, portanto, de desenvolver a catequese nas paróquias, uma catequese que nos dê ferramentas para que as crianças e os jovens possam perceber o Mistério de Cristo.
Outra missão que nos compete é a de assumirmos, nós mesmos, a responsabilidade dos nossos edifícios religiosos e a sua manutenção.
Estas são mudanças de fundo. Nós somos assim, chamados a reorganizarmo-nos como Igreja que somos, para responder às exigências da missão de anunciar o Evangelho que Cristo nos confiou.
A Quaresma é um tempo durante o qual somos chamados a renunciar aos nossos hábitos de consumo, para estar mais disponíveis para o encontro com Nosso Senhor e com os nossos irmãos e irmãs. Mas o modo como no passado, vivemos o cristianismo, pode igualmente aproximar-nos de uma atitude de consumo. Esquecemo-nos de que a Igreja não é só o Bispo e os padres, e que todos nós fazemos parte dela.
Cada um, e cada uma de nós, carrega em si uma responsabilidade partilhada por esta Igreja; cada um e cada uma de nós é um membro do Povo de Deus, sempre a caminho. Neste momento, esta Igreja precisa de um pouco mais de meios financeiros, precisa também de muito mais voluntários, de mais mãos que ajudem.
A nossa Igreja sofreu muitos ataques por parte dos média. Críticas fundadas misturam-se com palavras que exprimem ignorância, intolerância e até por vezes, o ódio.
Mas estas coisas sempre aconteceram na história da Igreja, e mesmo no nosso pequeno Luxemburgo. No entanto, a falta de unidade entre nós é muito mais grave do que os ataques de fora. É que nós já não somos apenas o povo de Deus, que Ele conduz para o futuro, somos um grupo triste do passado, que apresenta um rosto medíocre, onde é difícil sentir-se um traço da alegria do evangelho.
Sim, Páscoa, é o caminho para a Páscoa, o que implica a renúncia, que nos quer levar a uma profunda alegria.
Quero acima de tudo convidar todos e cada um a ler os Evangelhos, durante este tempo quaresmal, a encontrar um momento reservado à oração e à serenidade.
Portanto, nós não podemos passar ao lado da alegria da Pascal!
Sim, queridos irmãos e irmãs, pode ser-nos tirado muita coisa, mas nunca esta esperança e esta alegria que só o Senhor nos pode dar.
Luxemburgo, 11 de fevereiro de 2015
Em profunda comunhão,
+ Jean-Claude Hollerich
Arcebispo do Luxemburgo
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